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A Academia Portuguesa de Magia regressa em Agosto em novos moldes. Fiquem atentos!
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Ema Watson
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MensagemAssunto: Copa   Copa Icon_minitimeSáb maio 05, 2012 5:39 am

Entrei a medo pela cozinha da Academia. Nunca lá tinha estado. Contrariamente ao que era de se esperar não havia nada fora do sitio. Parecia uma cozinha nova por estrear.
Alguns elfos de cozinha dormitavam nas cadeiras, outro conversavam alegremente frente ao fogo que mantinham acesso com estalares de dedos, produzindo uma melodia e fazendo as chamas dançar ao ritmo desta.

" - Olá menina!" - riu-se uma velha elfa doméstica para mim, vestida com um vestido azul turquesa. Eles realmente eram livres por aqui, livre e pagos como qualquer trabalhador e isso era simplesmente maravilhoso. " - É novo! Encantador não é?!" - disse ao ver-me a admirar o vestido detalhadamente, ao que eu corei. " - A pequena é timida!" - disse ela a rir-se virada para os colegas e a apontar para mim. " - Que rude da minha parte...Senta-te aqui filha. Como te chamas?" - disse e criou uma cadeira para mim na mesa deles. " - O que vieste cá fazer?! Ainda é cedo para prepararmos o jantar. Com magia tudo é mais rápido. E não somos escravos. Costumamos divertir-mo-nos muito por aqui com as nossas festas próprias" - sorriu.

"Bem Sra...." - fiz uma pausa à espera de um nome" - Eu sou a Ema" - comecei envergonhada
" - Ah bom! Eu sou a Teapot." - agarrou na minha mão - "Mas todos me tratam aqui por Ti Tea (Titi), sem o Sra." - sorriu maravilhosamente. Era mesmo simpática!
" - a nossa psicóloga, a Dra. Yara, faz anos hoje. Não sei se sabe da condição dela..." - continuei e fiz uma pausa. Depois da Sra. Teapot ter continuado calma e assentido a indicar que estava a par da dieta especial da Dra.Yara pedi " - hum...ainda bem então. Como a nossa comida não lhe sabe bem...pensei em arranjar-lhe pelo menos uma bebida de comemoração de aniversário, se não pode ser um bolo."
" - No que estavas a pensar Ema?" - perguntou curiosa a Ti Tea.
" - Bem...se seria possível arranjar algum sangue...só para ela não ter de abandonar a festa para ir caçar. Como ela não estará à espera da surpresa...não terá tempo para se precaver e alimentar antes. E não a podemos deixar passar fome no seu aniversário, não é?!"- perguntei a rir.
A Sra. Titi deu uma gargalhada " - Suponho que não, suponho que não. Nós podemos tratar disso. Penso que um veado e umas perdizes serão suficientes, não?! Mas...onde irás pôr o sangue?!" - perguntou curiosa. " - Vocês que não se enganem e bebam isso!" - disse com ar de enojoo e aflição.
" - Claro que não. Irei encantar um copo especial com o nome da Dra. Yara e deixarei outro aqui. Ambos comunicarão um com a outro. Assim...quando ela esvaziar o dela vocês saberão e poderão enchê-lo aqui. Penso que seja o mais simples. Porque levar uma taça para lá com isso podia gerar muita confusão. Pelo menos com o que eu tinha pensado mais." - sorri
" - Ah...uma cabeça de ideias. Gosto disso numa cozinha. Agora conta-me tudo." - disse a Sra. Titi com um brilho nos olhos, enquanto eu lhe contava todos os pormenores da festa que ia preparar. A Dra.Yara merecia-o.
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MensagemAssunto: Re: Copa   Copa Icon_minitimeTer Jul 31, 2012 8:57 pm

Desci até à copa, alegre com o que tinha em mente. Festas eram sempre um alivio. Demasiadas coisas para ocupar a cabeça e permiti-la andar num turbilhão. Era só do que eu precisava!
Bati à porta e entrei. Ela estava atarefada com umas coisas e não me deu imediata atenção.
Só depois me lembrei que com a história toda da Floo no final da festa da Yara, não tinha ido agradecer à Mrs. Teapot. Ela era capaz de estar chateada. Mal me tinha conhecido e eu já andava a cometer injustiças. Pior ainda, vinha pedir-lhe mais trabalho antes mesmo de lhe agradecer do anterior. Talvez ela se melindrasse da falta de reconhecimento, talvez se chateasse por eu a estar quase a tratar como se ela não fosse um elfo livre.
“ – olá” – disse a medo.
“ – Ah! Olá Ema.” – disse a Sra. Teapot antes de retomar ao trabalho. A voz estava simpática mas ela tinha evitado o contacto visual comigo. Podia ser por estar muito ocupada mas também podia ser outra coisa pior. Quando ela viu que eu continuava lá especada no meio da cozinha e do caminho disse-me “ – Ema…desculpa mas agora estou muito ocupada para falarmos e não te podes manter no meio do caminho porque vai atrapalhar o funcionamento da cozinha.” Eu engoli em seco. Sem dizer nada puxei um banco para um cantinho da cozinha e esperei. Daqui a nada ia ser hora do lanche no refeitório mas eu tinha um nó tão grande na garganta e a cabeça a ficar tão pesada que nem vontade de me mexer dali para ir comer tinha.
Esperei que o lanche lá em cima terminasse, que arrumassem tudo (o que até foi rápido) e que ela se voltasse a dirigir a mim.
“ – Querida!” – disse espantada “ – O que ainda fazes aqui?! O lanche já terminou. Eu não te vi mais…sabes que o trabalho em cima da hora é sempre stressante e tão rápido que às vezes mal se dá conta do que estamos mesmo a fazer quanto mais o que está à volta.” - puxou uma cadeira e sentou-se “ – Desculpa ficar tão baixa mas é que eu já não aguentava mais. Tinha de me sentar porque os meus pés estavam moidos. Sabes que correr aqui acaba por ser mais fácil que um bando de elfos a aparatar aqui e acolá sempre que querem alguma coisa. Havia com cada acidente antes de eu ter posto essa regra por aqui! E depois…era fazer pratos inteiros de novo. Agora…com as perninhas…todos nós nos vemos uns aos outros e para onde vamos e assim, evitam-se confusões. Mas eu como a mais velha sou a que mais sofre com isso. No final e sentar-me no banquinho a descansar à espera da confusão da próxima refeição” – sorriu, cansada. Então eu recomecei a falar. Parecia estar tudo bem entre nós mas a ideia dela ter ficado sentida não me saiu da cabeça. Tinha de fazer alguma coisa. “ – Bem…sendo assim…a Sra. Teapot não vai gostar muito do que tenho para lhe pedir…” – disse cautelosa.
“ – AHHAHAAHAHA” – deu uma gargalhada “ – A Sra. Teapot era a minha tetaravó. Não eu. Eu tenho esse nome em homenagem a ela mas todos me tratam por Ti Tea. Já te tinha dito isso.” – disse divertida. “ – Mas diz lá o que é que eu não vou gostar muito”
Acabámos por ficar a falar e combinar o que se iria fazer para a festa de inicio de ano até à hora de preparar o jantar. Eu acabei por comer por lá, sentado ao canto no meu banquinho, enquanto esperava que a Ti Tea estivesse livre para terminarmos os ajustes finais das minhas ideias.
“ - Mas…eu nunca fui boa em construções e desenhos! Ninguém aqui é. Até podemos montar esses tais animais gigantes de fruta mas não fazemos ideia como. Nem a forma que tem de ter para se aguentar em pé sem cair, nem as frutas que vamos usar, nem as cores que combinam mais…” – disse meio desesperada deitando as mãos à cabeça. “ – Não se preocupe Ti Tea” – sorri “ – Eu já tenho isso pensado. Eu fiz contas e cálculos e desenhos. Espero não me ter enganado e tudo sairá como deve ser. Eu dou-lhe os desenhos. Até expliquei como se tinha de cortar cada tipo de fruto para caber nos sítios certos e poder tirar-se de lá sem cair tudo. Agora…não consigo exemplificar nada. Não sei porque os feitiços de modificação de comida nunca me saem muito bem. Não sei se ando a querer mudar para coisas que não estão lá e por isso a lei de gamp atraiçoa-me ou se é mesmo um calcanhar de aquiles na minha formação de feiticeira mas a verdade é que é algo que tenho muito que treinar.” – disse desanimada. “ – Pronto! Eu faço isso. Dá cá os papeis.” – disse levantando-se do banco onde se tinha voltado a sentar e pondo-se em cima dela para me dar um beijo de despedida na mão e uma festinha. “ – Vá…agora para a cama que já são horas.”
Sorri, despedi-me dos outros elfos domésticos que tinham sido tão simpáticos e fui descansar porque os preparativos da festa estavam todos bem encaminhados.
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MensagemAssunto: Re: Copa   Copa Icon_minitimeTer Jul 31, 2012 8:57 pm

Peguei numa das camisolas antigas que a minha irmã me tinha feito o favor de mandar pelo meu ultimo aniversario, para que não ocupassem o espaço no seu “quarto de estudo”. Apesar dela não ser propriamente feia, sempre tinha sido demasiado grande para mim, acho que era antigamente da minha mãe quando tinha estado grávida do meu irmão e que não sei porque razão estranha tinha ido parar às minhas mãos. Nem eu mesma sabia como tinha acabado por pegar naquilo na hora de fugir de casa da minha avó mas talvez fosse destino. Às vezes parecia que todas as voltas do mundo conspiram para que a nossa vida seja de determinada maneira e vivamos para aprender certas coisas. Eu não ia mesmo usá-la, até porque o uniforme era maioritariamente a minha indumentária. A Ti Tea não era lá muito grande, como seria de esperar, por isso, encolhi um pouco a camisola de modo a servir-lhe. Ela vestia roupas normais por isso não queria que ela parecesse um saco de batatas naquilo. Era para ser apenas uma camisola para usar com um par de calças ou uma saia. Era só um mimo para ela. Dobrei-a cuidadosamente e fiz-lhe o embrulho mais bonito que uns pergaminhos antigos permitiram. Atei-o com umas fitas coloridas que tinha de enviar os doces das corujas para a minha avó e desci até à cozinha.
“ – Boa tarde Ti Tea!” – cumprimentei-a rodeando-a só com um braço num abraço desajeitado. Retirei o embrulho de trás das costas que trazia escondido na outra mão e entreguei-lho “ – É para si! Para lhe agradecer. Da última vez que cá vim fiquei a sentir-me mal por lhe vir pedir para preparar mais uma festa e não ter vindo agradecer da anterior. Por isso…venho agradecer pelas duas agora” – fiz o meu melhor sorriso àquela senhora tão simpática.
Ela abraçou-me num abraço apertado, prendendo-me as pernas e eu acabei por me inclinar para retribuir. Quando se desviou e olhou para mim tinha uma lágrima no canto dos olhos.
“ – Oh querida…oh querida!” – disse enquanto limpava as lágrimas que entretanto lhe escorreram pela cara abaixo, com um pano que trazia na mão. “ – Tu és um tesouro, preocupares-te com uma velha elfa.”
Eu baixei os olhos envergonhada. Ela não era assim tão velha e era simpática. Tinha sido só uma atenção mas o pior é que ela ainda não tinha aberto o embrulho e apesar de eu ter reparado a camisola para ela parecer mais nova e pequena, eu não deixava de saber que tinha sido usada, pelo menos em 2ª mão (da minha mãe e depois minha), antes de lha oferecer e sentia-me pequenina por isso, bem mais que a Sra. Teapot.
“ – bem…não…eu…não é nada…eu não mereço.” – disse envergonhada e timida. “ – Eu apenas consertei uma camisola que tinha sido da minha mãe e depois minha. Ajustei-a ao seu tamanho e embrulhei-a. Na verdade, toda a prenda é reciclada. Eu tinha lá esses restos de pergaminhos velhos e as tiras coloridas. Não mereço que me elogie por isso. Só queria dar-lhe um presente, mesmo que de momento não tivesse finanças para lhe comprar um.” – com a vergonha, a exposição do meu erro e com a genuinidade das palavras dela, desatei a chorar silenciosamente. Ela puxou-me para ao pé dela e obrigou-me a sentar numa cadeira. Agarrou-me as mãos e disse. “ – Querida, eu não abri ainda o presente porque o que está lá dentro não é o que mais interessa. O que mais interessa está aqui dentro” – aponta na direcção do meu coração “ – O que me deixa sensibilizada não é a compra de um presente caro entregue com muita pompa e circunstância á frente de toda a gente porque fica bem.” – fez uma pausa e deu-me um lenço para eu limpar as lágrimas “ – o que me sensibiliza é a entrega, aqui em baixo, às escondidas dos olhos de toda a gente, de um presente feito por uma pessoa que mesmo não tendo muito, arranjou maneira de o oferecer para me gratificar. Isso é que é valor para mim. Eu nunca fui materialista. Eu sou uma elfa doméstica! Antes de vir para cá eu passei muitas coisas e nunca tive nada. Tu deste-te ao trabalho de me vir agradecer por algo que é o meu trabalho. Eu entendo que não tenhas vindo da outra vez. A tua amiga tinha morrido…foi um choque. Mesmo para nós aqui em baixo que mal a conhecíamos.” – deu a volta à cadeira onde eu estava sentada e abraçou-me a cintura. “ – Vá! Chega de choradeiras que daqui a nada temos uma inundação!” – e deu uma gargalhada “ – E vamos lá abrir este presente perfeito.” – desembrulhou o pacote, experimentou a camisola, que até era um bocado quente para se usar agora e disse “ – Bem! Tu queres mesmo que eu não morra de frio!” – sorriu e piscou-me o olho “ – Mas é muito bonita Ema, obrigada! Vou usá-la no natal, quando for fazer o meu passeio habitual.”
Sorri de volta. Era bom termos um sitio onde nos sentir bem e apesar de tudo, mesmo não estando a pensar em nada de trabalho, também não estava a pensar na minha avó. E tinha sido tudo bem. Eu não me tinha esquecido dela mas agora não estava a sofrer por isso. Tinha a cabeça calma. Acabei por me despedir da Ti Tea que teve de começar a fazer os preparativos para o jantar e subi para a sala comum.
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