Aula nº 1 - 18.julho.2013

*Entrei no anfiteatro de pedra, ainda meio triste, mas automaticamente disfarcei quando com a varinha acendi as inúmeras tochas de fogo, com o intuito de criar um ambiente mais luminoso e acomodável, para os meus alunos. Uns já eram repetentes, mas outros eram novos.*

- Olá caros alunos.
- Eu sou Sir Andrew Stevenson e sejam bem-vindos às aulas de Cuidados com as Criaturas Mágicas. Como podem ver serei o vosso professor desta fantástica disciplina...

- Marquem a vossa presença, indicando o vosso nome e equipa! (têm 5 min.)

Entro sala apressadamente, pois já estava uns minutos atrasado, entro e sento-me num dos lugares da frente, tiro o material:

-Francisco Granger de Ravenclaw

Introdução

A definição de “Ser”, ficou esclarecida desde os tempos antigos como uma criatura digna de possuir direitos legais e voz na governação do mundo mágico. Já a definição de Monstro, gerou sempre controvérsias ao longo do tempo.

Vejamos os factos Históricos:

Século XIV: Burdock Muldoon (Chefe da Assembleia de Feiticeiros) decretou que “Ser” seria qualquer membro da comunidade mágica que andasse sobre duas pernas, os restantes seriam considerados monstros.

1662: Madame Elfrida Clagg (Sucessora de Burdock Muldoon) redefiniu que “Ser” seriam aqueles que falavam a língua humana. Então realizou-se outro encontro, contudo, voltou a haver problemas.

1811: Grogan Stump, Ministro da Magia decretou que “ser” era qualquer criatura suficientemente inteligente para compreender as leis da comunidade mágica e assumir parte da responsabilidade na criação dessas leis. Esta definição foi finalmente aceite pela Assembleia.

Então Stump criou as três divisões no Departamento de Regulação e Controlo das Criaturas Mágicas que ainda hoje existem: a Divisão dos Monstros, a dos Seres e a dos Espíritos.

Os gigantes, que na ausência dos duendes não sabiam dizer nada, foram considerados monstros, assim como os gnomos, fadas e duendes, apesar do seu aspecto humanóide. Ainda existiram apoiantes da classificação de monstros aos Muggles, mas nunca tiveram sucesso.

Os seres subaquáticos, com tradutores especializados, foram convidados ao estatuto de “ser”. Já os centauros recusaram-se, e exigiram continuar a ser monstros, devido a objecções da partilha do estatuto de “ser” como os vampiros e as bruxas más, declarando que iriam resolver os seus problemas sem a ajuda dos feiticeiros. Apesar disso criou-se um Gabinete de Ligação aos Centauros, no Ministério, mas nunca é utilizado. Muitas das criaturas, apesar da sua inteligência, não foram considerados seres, devido á sua natureza brutal.

Monstros e os Muggles

Uma das grandes preocupações dos feiticeiros é proteger as Criaturas Magicas dos Muggles, pois isso poderia por em risco a descoberta do Mundo Mágico.
Por outro lado, os Muggles nunca foram ignorantes em relação às Criaturas Mágicas. Se fizermos um estudo na arte e literatura da época da Idade Média, podemos concluir que muitas das criaturas que hoje eles consideram imaginárias eram retratadas como reais, às vezes descritas com rigor cómico. Contudo, se aprofundarmos o estudo podemos concluir que alguns deles passavam despercebidos. Os Monstros mais representados pelos Muggles, eram o dragão, o grifo, o unicórnio, o centauro, as esfinges e os cavalos alados.

Em, 1692 a Confederação Internacional de Feiticeiros realizou uma cimeira, para abordar assuntos como o aumento do medo dos Muggles em relação à magia e a perseguição aos feiticeiros, devido a relatos feitos pelos Muggles.
Quantas espécies conseguiriam ocultar dos Muggles e quais, onde e como escondê-las, foram alguns dos temas discutidos. Algumas criaturas contribuíram para o debate. Por fim, chegaram a um acordo, com excepção dos duendes: 27 espécies (mais tarde o número aumentou), ordenadas pelo seu tamanho, deveriam esconder-se dos Muggles, criando a ilusão de que nunca haviam existido e que eram pura imaginação.

Em, 1750, a cláusula 73 foi inserida no Estatuto Internacional de Secretismo de Feitiçaria, e todos os Ministérios da Magia ainda a respeitam:
“Todas as corporações governamentais de feiticeiros serão responsáveis pelo encobrimento, apoio e controlo de todos os monstros mágicos, seres e espíritos que residam dentro do seu território.”

Se alguma dessas criaturas fizer mal ou chamar a atenção da comunidade Muggle, essa corporação governamental de feiticeiros ficará sujeita à disciplina da Confederação Internacional de Feiticeiros.

Monstros mágicos escondidos

Devem ter consciência de que a clausula 73, que demos na última aula foi várias vezes violada. Os feiticeiros mais velhos sabem-vos falar concerteza do incidente em Ilfracombe, quando um dragão Verde comum de Gales vadio sobrevoou uma praça cheia de Muggles. Por sorte estava presente uma família de feiticeiros que passava férias, que perante a catástrofe, executaram o maior número de feitiços antimemória até então conhecidos. Graças a isso foram nomeados pela Ordem de Merlin, primeira classe.

O Tibete e a Escócia são as zonas que mais transgridem a cláusula 73, levando a Confederação Nacional de Feiticeiros a chamar á atenção muitas vezes.
O Habominável Homem das Neves é o monstro mais avistado por Muggles, e por isso foi criada uma Força Internacional para vigiar as montanhas. Já o Kelpie maior do mundo continua a recusar ser apanhado no Loch Ness.
Apesar disto tudo, os feiticeiros podem ficar aliviados com o bom trabalho que fizeram.

A verdade é que a esmagadora maioria de Muggles se recusa a acreditar nos monstros que os seus antepassados tanto receavam.
Mas como é que os feiticeiros fazem para ocultar as criaturas?
Bem, para a maioria delas não é preciso, devido à sua inteligência ou timidez. Alguns monstros até têm sistemas próprios de camuflagem.

Mas para evitar o encontro de Muggles com estas criaturas, o Ministério criou um sistema eficaz composto por algumas medidas:

- Habitats Seguros
talvez o passo mais importante na dissimulação das criaturas magicas seja a criação de habitats seguros. Os feitiços que repelem os muggles evitam os transgressores nas florestas onde vivem os centauros e unicórnios e nos lagos e rios postos de lado para uso dos entes subaquáticos. Em casos extremos, como sucede com Quintaped, áreas inteiras têm sido tornadas inidentificáveis.
Algumas destas áreas seguras têm de ser mantidas sob uma constante vigilância por parte dos feiticeiros. Por exemplo, as reservas de dragões. Enquanto os unicórnios e os entes subaquáticos se contentam em viver felizes nos territórios que lhes foram atribuídos, os dragões aproveitarão todas as oportunidades para se lançar em busca de presas para além dos limites das reservas.
Nalguns casos os feitiços que repelem os Muggles não funcionarão porque os poderes dos próprios monstros os anulam. É o caso dos Kelpie, cujo único objectivo na vida consiste em atrair seres humanos e do Pogrebin que procura os humanos para si.

- Controlo na venda e na criação
A possibilidade de um Muggle ser assustado por um dos maiores e mais perigosos monstros foi fortemente reduzida pelas sérias penalidades ligadas à sua criação, venda das crias e dos ovos.
O Departamento para a Regulação e Controlo das Criaturas Mágicas está muito atenta ao comércio dos monstros fantásticos. A proibição de 1965 de criação experimental tornou ilegal a criação de novas espécies.

- Feitiços de Desilusão
O feiticeiro de rua desempenha também o seu papel na dissimulação dos monstros mágicos. Os que possuem um Hipogrifo, por exemplo, são obrigados por lei a dotar o monstro de um feitiço de desilusão que distorce a visão de qualquer Muggle que olhe para ele. Os feitiços de desilusão devem ser efectuados diariamente pois os seus efeitos tendem a desaparecer rapidamente.
Quando acontece o pior e um Muggle vê aquilo que não deveria ver, o feitiço antimemória é talvez a mais útil ferramenta de conserto. O feitiço antimemória pode ser proferido pelo dono do monstro em questão mas, em casos graves de observação por parte dos Muggles, uma equipa de Obliviators experientes poderá ser enviada pelo Ministério da Magia.

- Gabinete de Informação Errada
O Gabinete de Informação Errada envolver-se-á apenas nas piores colisões entre os Muggles e a magia. Algumas catástrofes ou acidentes mágicos são tão notoriamente óbvios que não podem ser explicados pelos Muggles sem ajuda de uma autoridade superior. O Gabinete de Informação Errada faz, nesses casos, a ligação com o primeiro- ministro dos Muggles para encontrarem uma explicação possível (não mágica) do acontecimento. Os ilimitados esforços deste gabinete para persuadir os Muggles de que todas as provas fotográficas do Kelpie do Loch Ness são falsas conseguiram o seu fim, resolvendo uma situação que chegou a parecer extremamente perigosa.

Coloquei o dedo no ar, pois tinha uma dúvida:

-O professor disse, durante as suas explicações "...Ainda existiram apoiantes da classificação de monstros aos Muggles, mas nunca tiveram sucesso."

Mas porque razão é que quiseram classificar os Muggles como monstros?

Magizoologia

A Magizoologia é uma ciência muito importante, porque estuda as criaturas mágicas desde os seus comportamentos e características. Graças a estes estudos, os feiticeiros podem saber como proteger estas criaturas, aumentar o seu bem-estar e qualidade de vida e como as esconder da comunidade Muggle.

Esta ciência também é importante tanto na Comunidade de Feiticeiros como na Educação nas Escolas de Magia e Feitiçaria porque prepara os feiticeiros desde o inicio, a saber como agir em caso de um encontro com alguma destas criaturas ao longo da sua vida, seja ela perigosa ou não, impedindo que os feiticeiros se ponham em risco a eles próprios ou às criaturas, devido á falta de conhecimento acerca delas.

Para avaliar a perigosidade das diversas criaturas mágicas, em que apenas este ano vamos estudar um grupo delas, o Departamento de Regulação e Controlo das Criaturas Mágicas criou uma tabela de classificações para todos os monstros, seres e espíritos conhecidos:

XXXXX.......Conhecido assassino de feiticeiros/Impossível de treinar ou domesticar.
XXXX.........Perigoso/Requer conhecimento de um especialista/Um feiticeiro habilitado pode lidar com ele.
XXX...........Deve ter o apoio de um feiticeiro competente.
XX.............Inofensivo/Pode ser domesticado.
X...............Aborrecido.

*ouvi a explicação do professor*

-Obrigado pela explicação. *disse enquanto escrevia apontamentos*

Estudo básico das criaturas mágicas




O Flobberworm vive em valas húmidas. É um verme acastanhado que chega a atingir dez polegadas de comprimento, movendo-se muito devagar. Uma extremidade é indistinguível da outra, produzindo ambas o mesmo muco do qual deriva o seu nome e que é muitas vezes utilizado para engrossar as poções. O alimento predilecto do Flobberworm é a alface embora coma quase todos os vegetais.




O Fwooper é um pássaro africano com uma plumagem extremamente brilhante. Os Fwoopers podem ser alaranjados, cor-de-rosa, verde-lima ou amarelos. Há muito que o Fwooper fornece belas penas de escrever e põe ovos com motivos decorativos. Embora a princípio seja agradável, o canto do Fwooper acaba por levar quem o ouve à loucura; por isso esta ave é vendida com um encantamento silenciador que necessita de ser mensalmente reforçado. É preciso uma licença para se ser dono de um Fwooper pois estas criaturas têm de ser tratadas com grande responsabilidade.



O Horklump vem da Escandinávia mas encontra-se hoje espalhado por toda a Europa do Norte. Lembra um cogumelo suculento e rosado coberto de pêlos escassos e hirsutos. É um reprodutor prodigioso e cobre um jardim comum em poucos dias. Espalha vigorosos tentáculos, que parecem raízes, pelo chão em busca do seu alimento preferido: vermes da terra. O Horklump é o acepipe dos Gnomos mas para além disso não tem qualquer utilidade.

*Coloquei o dedo no ar*

-Professor,acerca do Fwooper, as suas penas podem ser usadas para mais alguma coisa, para além de penas de escrever?

Obrigado.*disse esclarecido*

- Muito bem... gosto de alunos participativos...
- Nas outras aulas costumam ter uma questão de aula para cada um... desta vez eu preferi fazer só uma.

- Quero agora que me diga se é possível as criaturas mágicas e os muggles viverem em perfeita harmonia.

-Cinco pontos para a melhor resposta!


(Tem aproximadamente 5 min. para me responder, se responder fora desse tempo não receberá pontos)

*Pensei um pouco, mas encontrei uma possivel resposta*

-Bem, eu acho que seria possivel e talvez melhor, "melhor"porque não ia haver aquela preocupação em esconder a magia e também seria melhor porque o mundo mágico e o mundo Muggle, juntos poderiam ensinar e aprender bastante coisas interessantes* disse confiante com a minha resposta*

- É tempo de se realizar a tarefa de aula, um conjunto de 5 perguntas simples que devem ser respondidas de modo a que se possa concluir a aula.


Tarefa da Aula
1. Cite uma das funções do Gabinete de Informação Errata.
2. Qual a importância dos feiticeiros de rua?
3. Diga a importância dos feitiços de desilusão. Justifique.
4. Cite a importância da cláusula número 73.
5. Estabeleça duas relações possíveis entre as criaturas mágicas apresentadas em aula.


(As respostas devem ser enviadas por PM até ao final da aula. Quando enviarem, assinam a saída. Têm até às 22:30)

- Se não existir mais dúvidas pode sair. O questionário será enviado para vocês por coruja (na verdade, publicado aqui) e deve ser realizado até às 21h de amanhã.  

(deve ser enviado por email: cliquem AQUI )

*Terminei a tarefa e deixei-a em cima da mesa, saindo da sala*

(deve ser enviado por email até às 21h de amanhã: cliquem AQUI )

Tarefa de Aula:

Francisco Granger - Aceitável (14) - Gostei imenso das suas respostas!; Lamento não ter respondido na questão 5.


(Os que faltaram com ou sem justificação devem fazer a tarefa de aula e o questionário!)

Francisco Granger
10 pontos por presença
4/5 pontos por resposta/desempenho
4 pontos por desempenho (inclui a pontuação da resposta de aula)
3 pontos por tarefa de aula
Total: 17 pontos