21/08/11

*Emily entra na casa de banho e sentasse de pernas cruzadas no chão junto a um caldeirão. A zona dos lavatórios da casa de banho tinha o chão coberto de caixas repletas de ingredientes e instrumentos para a prepação de poções. Um caldeirão de tamanho médio estava no meio da divisão com um grosso livro aberto ao lado. Poucos eram os lavatórios da casa de banho que não estava sujos. Quase todos tinhas líquidos com as mais diferentes cores. Emily vai até a uma das bancadas da divisão e corta o ramo de Descurainia em pequenos pedaços e depois começa a esmagar-lo no almofariz. Após esta operação, Emily deita o ingrediente no caldeirão, fazendo com que o líquido mudá-se de cor: de verde para roxo. Emily vira-se para Ema, que entretanto tinha entrado na divisão e enquanto meche caldeirão, diz:* - Isto não é um local muito bonito, mas como ninguém cá vem é o melhor para não atrair as atenções... Se eu não te tivesse dito aposto que nem fazias ideia que eu estava aqui. *prossigo sorrindo*

*ema olha espantada para todas as coisas. já não parecia uma casa de banho mas um laboratório mal organizado. um bem impressionante até.
o que ela conseguia fazer naquele espaço sem condições próprias era fantástico. talvez ela seguisse a parte experimental quando terminasse o 7º ano, especializar-se em poções.*

- pois...isto está mesmo a parecer um laboratório. estás a fazer a poção para as dores, certo? precisas que te ajude?

-Não, só pesso que me faças companhia porque agora vou ter de estar atenta à cor da poção enquanto a mexo... Consoante as mudanças de cor da poção, têm de ser adicionados novos ingredientes...
*Emily levantou se do chão e pousou num cabide o seu manto. Emily estava vestida com uma roupa vulgar de muggles: uma simples t-shirt azul turquesa e uns calções. Sem o manto e com a pele à vista, era possível ver que o seu corpo estava coberto de cicatrizes.*
-Aqui faz mais calor... Sabes o que é aquilo?* perguntei enquanto apontava para um lavatório e para uma torneira sujos com líquido vermelho fogo.* - Tentei inventar uma espécie de pomada para os ferimentos cicatrizarem mais depressa, mas não correu muito bem... *disse enquanto apontava para a barriga da perna, onde estava uma cicatriz que parecia ter sido queimada*

*olhei para o liquido que ela me dissera. e depois para as cicatrizes dela. A dedicação e o amor que ela tinha pela irmã tinham sido e eram incondicionais ao ponto de ela ter aguentado tudo aquilo só para lhe fazer companhia. Era de uma enorme coragem e eu estava muito orgulhosa de a ter como amiga.
Instantaneamente perdi-me em pensamentos da nossa viagem e em como ela se tinha sacrificado ao ponto de vomitar ao ir buscar-me uma pulseira ao fundo do lago só porque eu tinha gostado e a queria. Era uma grande amiga e eu queria fazer o máximo para a ajudar.*

- porque é que não falas com o professor shun?! talvez ele saiba de uma pomada que possas fazer.

- Não é necessário... A poção que estou a fazer funciona bem, eu só estava a tentar inventar outra coisa que também funcionasse. O Sir Shun já me ajudou bastante dando-me umas doses de Wolfsbane. *Ao ver que Ema não parava de olhar para as minhas cicatrizes, dirijo-me ao cabide onde tinha deixado o meu manto e volto a vesti-lo enquanto dizia:* - Se te fazem impressão, bastava dizeres...

*levantei-me para a impedir de vestir o manto. estava mesmo muito calor ali*

- não não. não me fazem impressão. eu só me perdi em pensamentos do nosso passeio e do que fizes-te para me dar a pulseira...nem reparei que tinha estado a olhar vidrada para elas. nem as estava a ver. por favor, fica a vontade. está imenso calor aqui. podes tirar isso que nao tem mal.

*Volto a colocar o manto no cabide e após isto, o líquido dentro do caldeirão começa a borbulhar e a mudar de cor. Corro até à caixa onde estavam os instrumentos das poções e retiro de lá um copo graduado. Coloco água até à terceira medida do copo e deito essa mesma água no caldeirão. Ao ver que a cor do liquido no caldeirão voltara ao normal, voltei a mexe-lo, virei-me para a Ema e perguntei:* - Então o Cold chegou a ir passar as férias contigo?

*olho fascinada para o que ela fazia. os movimentos rápidos e precisos. era uma "mestre" de poções que tinha sido forçada a aperfeiçoar-se e estava a sair-se perfeitamente.
Olhei triste para o chão ao ecoar a pergunta dela na minha cabeça. Não. Não falava com ele há imenso tempo e estava triste com isso. Sentia saudades. Suspirei e respondi*

- infelizmente não. foi meio complicado. eu já não o via a algum tempo, perto do inicio dos exames. mas ele tinha um assunto familiar para resolver por isso achei normal. o mal é que já passou algum tempo e ele ainda não voltou a dizer nada. Estou preocupada e com saudades. A familia dele...enfim...
por outro lado tambem me chateou ter de ir para as férias mais cedo. eu queria ter ficado para a festa final mas os meus pais não sabem que estou aqui e as férias dos muggles começaram mais cedo e eles compraram logo a minha passagem de avião para ir ter com eles e pronto. tive de ir, nem fiquei em casa com a minha avó como tinha planeado.
As tuas férias também não correram como planeado. Estavam onde quando ela te mordeu?

- A primeira transformação da Hayley foi numa reserva do hospital de St. Mungus. Supostamente, era para ser só ela e um animagus do hospital no local da transformação, mas... eu prometi-lhe que ia estar com ela... e eu não podia faltar a uma promessa, por isso em vez de ir com uns meus pais para uma espécie de "sala de espera", arranjei maneira de ir com a Hayley... Custou-me caro, mas eu tinha-lhe prometido...

- pois. tu és assim. ás vezes parece que não pensas nas consequências mas não, tu és só amor e coragem. Foi fantástico teres feito isso por ela, meio imprudente e eu não entendo bem essa vossa ligação. nunca tive nada parecido, nem 1/10. És uma irmã fantástica. abraçava-te agora mas acho que deves ter de acrescentar alguma coisa. Parece que mudou de tom.

*aponto para o liquido do caldeirão*

- de que cor tem de ficar mesmo?

*Tinha-me distraído: a poção tinha mudado outra vez de cor. Olhei para o líquido que estava dentro do caldeirão: tinha mudado para vermelho. Fui rapidamente até à caixa dos ingredientes e tirei de lá um frasco com "acónito licoctono". Deitei uma pequena quantidade deste ingrediente no caldeirão, comecei a mexer e o líquido e este tornou-se menos espesso e roxo. A poção estava pronta. Retirei de uma caixa de madeira 8 pequenos frascos e reparti a poção que tinha feito dentro destes mesmos recipientes. Guardei os frascos no bolso e disse:*
- Isto deve dar para dois dias... Obrigada pela companhia Ema, se não estivesses aqui, isto ia ser bem aborrecido.
*Apontei a minha varinha para os objectos espalhado pela casa de banho e fi-los voltar ao ser local inicial (todos dentro das suas respectivas caixas). Agito mais uma vez a varinha e quer os lavatórios quer o caldeirão ficaram limpos. Após isto eu e a Ema saimos da casa de banho rumo à sala comum dos Gryffindor.*